No primeiro ponto da Reunião Geral de Alunos (acrescentado no inicio da mesma), foi aprovada a divulgação de um abaixo-assinado de acção social escolar, proposto pelo presidente Ricardo Brites em nome pessoal, que aborda o fim do passe escolar, os prazos das bolsas de estudo, a reabertura das cantinas entre outros.
No entanto, apesar de alguns elementos da assembleia considerarem quem estes assuntos deveriam partir das decisões tomadas nos ENDA (Encontro Nacional de Direcções Associativas) e que existem outros assuntos prioritários no ISEL, a sua divulgação foi aprovada por unanimidade.
Assim sendo, foi decidido que não iria ser tomada nenhuma posição em relação a este assunto. O abaixo-assinado estará disponível para consulta e assinatura na AEISEL.
No segundo ponto teve lugar a discussão e aprovação do Relatório, Atividades e Contas 2015. Dado que o documento não foi disponibilizado atempadamente (foi enviado para todos os alunos por e-mail apenas 3 horas antes), a mesa da RGA disponibilizou 30 minutos, destinados à leitura do mesmo.
Começando por uma apresentação excessivamente sucinta dos gastos deste mandato, Ricardo Brites, optou por esperar pelas perguntas. Tendo em conta que a AEISEL terminou o ano 2015 com saldo negativo de -17,684€ (que diminui ainda mais, para quase -100.000€, se contarmos com a dívida ao IPDJ), a sua estratégia, como veremos mais à frente, pautou-se por delegar ao Tesoureiro, com quem revela um notório conflito, as responsabilidades e as respostas a questões colocadas a todos os presentes; numa RGA que, para além de muito participada (em questões), foi longa.
Entre as questões mais polémicas, esteve o evento do dia 24 de Março de 2015 - "Celebração do dia do Estudante com acção de rua e concerto no Largo de Camões", no qual foram gastos pelo menos 566€ para o Aluguer de Equipamentos (Centros de Custo Analítico Acumulado CC.62612), decisão que, segundo os presentes, foi tomada pelo Presidente da AEISEL sem o consentimento dos restantes elementos, alegadamente em reuniões "secretas". Com troca de acusações entre as duas facções da associação, não se conseguiu apurar, quem realmente tem responsabilidade sobre o referido pagamento, pois nem o próprio presidente soube dizer quem, para além dele, autorizou o gasto.
Foi também questionado o aumento de salário de uma das funcionárias da AEISEL, dada a grave situação financeira que esta associação apresenta. Ricardo Brites menosprezou, referindo que o aumento foi apenas de 5%, justificando que a funcionária em questão não tinha aumento salarial há 5 anos.
A gestão da AEISEL foi frequentemente questionada. Em particular no que dizia respeito às contas do Bar do Estudante (Firmino) que, estando concessionado, deu prejuízo à AEISEL (-7.762€). Ricardo Brites limitou-se a passar as questões para o Tesoureiro, que explicou que tal resultado deve-se a várias rendas em atraso e à difícil comunicação com a Neurónio Teórico. Quando confrontados com a questão "Se estão em incumprimento, porque é que não os mandam embora?", não se obteve resposta.
O mesmo se passou com a gráfica/loja da AEISEL, onde foram gastos 27.376€ e os proveitos foram apenas de 6.631€ (resultado: -20,746€). O Presidente da AEISEL foi acusado de usar a gráfica para beneficio partidário (impressão de propaganda política - panfletos de apoio a campanhas da JCP/PCP e do candidato presidencial Edgar Silva). O mesmo defendeu-se, dizendo que tais acusações eram ataques ideológicos e que a unica propaganda que imprimiu foi para festas da AEISEL. Este aparte acabou por desviar as atenções da questões relacionadas com a gráfica.
Ricardo Brites também acusou o Tesoureiro, João Navarro, de ter tomado a "decisão de dar 1000€ à Estudantina, e depois arrependeu-se". Quando confrontado com tais argumentos, o Presidente acabou por desmentir o que havia dito, pois afinal, o apoio também havia sido assinado por ele.
De referir ainda a questão da dívida ao IPDJ, a ainda direcção da Associação de Estudantes do ISEL, na pessoa de Ricardo Brites, não apresentou vontade de apurar a sua origem. Recordamos que a dívida, que ascende 80.000€, foi contraída de forma bastante duvidosa, tal como foi noticiado pelo ISELeaks e está actualmente a ser paga a 3 anos.
O relatório foi aprovado, com 4 votos contra.
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Consulta aqui o Relatório:
http://bit.ly/1Oi15IX
Nota: verificamos que o documento não está com a melhor qualidade. Assim sendo, solicitamos o envio de um documento com melhor definição.
Contas:
http://bit.ly/1VqaMKV
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