quinta-feira, 28 de maio de 2015

PONTO-A-PONTO: O Poço Financeiro

(clique na imagem para ampliar)
Por urgente conveniência do serviço que prestamos ao ISEL, urge demonstrar mais um caso que aparenta ter “a mão por detrás dos arbustos”. Mais um caso, mais uma história da engenharia política do ISEL, que foi sempre cartão de visita para amigos, amigos de amigos e quase desconhecidos.
Nesta edição, trazemos o outro lado dos Serviços Financeiros do ISEL e a forma como interagiam com os Órgãos de Governo. 
É pelos Serviços Financeiros que passaram os contratos desastrosos para o ISEL – um mega gabinete, que reúne 4 núcleos. Há, como é habitual, um nome e uma nomeação “por urgente conveniência de serviço”. Tânia Micaela Correia de Figueiredo – Coordenadora dos Serviços Financeiros desde 2011 – veio preencher uma vaga deixada por Pedro Ribeiro, que abandonara o ISEL em conflito com o Doutor Quadrado e os Docentes desta casa. Sai uma pessoa incómoda, mas entra, nos moldes habituais, outra com um currículo quase tão admirável como o demissionário.
Desde a sua tomada de posse como Coordenadora dos Serviços Financeiros, passou pelo seu gabinete mais de 335.351€ em processos na justiça. No entanto, para além dos encargos com o contencioso administrativo – uma das suas inúmeras especialidades -, há a referir a adjudicação directa por parte do ISEL  à Electrocoop, de um serviço de “optimização das condições de funcionamento da vida académica dos alunos  e docentes, criação de espaços e inovação”, no valor de quase 41.500€. Se bem que o valor ascende em muito o serviço adjudicado à Geometrivinil – empresa de familiares do Coordenador dos Serviços Financeiros, Paulo Neto -,a descrição está ao mesmo nível; tendo, certamente, esta aquisição de bens passado pelo seu crivo, ou pela sua solicitação. O que é certo, é que o valor do referido contrato entre o ISEL e a Electrocoop, a somar aos restantes, ascende aos 250.000€. Mas a inactividade de um serviço, cujo instituto em que se insere enfrentava já dificuldades financeiras desde pelo menos 2009, não fica por aqui: Em pleno mandato da nova coordenação dos Serviços Financeiros, são encomendados tablets no valor de 50.012€, pois seria urgente a implementação de “um novo conceito de mobilidade, comunicação interactiva e informação tecnológica”. De notar que, segundo o regulamento que define as competências dos Serviços Financeiros, este gabinete “deve assegurar a correcta gestão orçamental e o funcionamento do sistema de contabilidade, respeitando as considerações técnicas, os princípios e as regras contabilísticas, de modo a garantir a sua  regulamentação e aplicação”; São também os Serviços Financeiros, os primeiros a terem acesso às condições orçamentais imediatas, assim como o dever de dar o conhecimento à Direcção das restrições daí inerentes. Nunca saberemos se tal aconteceu, por condescendência, ou omissão – mesmo que por mero amadorismo. A verdade, é que nos encontramos, agora sim, em grandes dificuldades.

Curiosamente, à semelhança da Geometrivinil e da Electrocoop, também existem outros dois nomes que se destacam na Câmara Municipal de Almada: Ricardo Oliveira Figueiredo (gestor da empresa municipal de jardinagem) e Ana Filipa Quadrado (do executivo camarário).

ENTREVISTA: Estudantina Académica do ISEL

A Estudantina Académica do ISEL cedeu uma entrevista ao ISELeaks. A uma só voz, falam sobre as tradições, o passado, o futuro e as políticas do ISEL.

Acham que fazer parte da tuna é uma tradição que está a decair? Se sim, porquê? 
R: É uma boa pergunta esta e que vai ter diferentes respostas dependendo a quem se pergunta, a meu ver não se pode afirmar com 100% de certeza que o seja pois enquanto existem tunas com défice de entrada de novos membros outras nos últimos 2 anos tiveram uma enchente e agora apresentam-se com cerca 50 elementos ou mais. Também temos de ter em conta que nesta altura as tunas encontram-se em fase de renovação pois os membros mais antigos, que acompanhavam as tunas a que pertenciam à anos, por motivos laborais (mudam de zona de trabalho, emigram, horários mais apertados) ou familiares (casamento ou paternidade) estão a começar a sair ou a aparecer menos, há também o facto de entrarem menos alunos para as universidades que diminui o leque de recrutamento, mas acho que a melhor resposta a esta pergunta é que depende de tuna para tuna e como se adaptam às dificuldades de hoje em dia e à mentalidade das novas gerações. 
Qual o papel que as tunas têm na vida académica hoje em dia? Consideram importante na integração de novos alunos?
R: Devido ao facto sermos, a nível geral, grupos com o maior número de elementos e que representam diferentes cursos penso que temos um papel relevante, mas lá está é uma questão que varia em cada tuna pois falando por exemplo a nível político das faculdades algumas tunas envolvem-se bastante outras distanciam-se ao máximo. Quanto a integração dos novos alunos sim sentimos que temos uma importância um pouco elevada pois, devido a estarmos representados em quase todos os cursos e as festas de recepção aos caloiros e por muitos mais motivos, somos muitas das vezes o primeiro contacto que eles têm com a nova etapa que eles estão a iniciar. 

Como caracterizas o espírito da Estudantina? E a relação entre os vários membros da tuna? 
R: O espírito da Estudantina é o de um grupo muito unido, que tenta dar oportunidade a todas as pessoas que se queiram juntar a nós, tentamos ajudar e desenvolver as capacidades menos boas e potencializar ao máximo as boas de cada um, pode parecer um pouco pretensioso mas gostamos de nos afirmar como formadores de Homens que conseguem pensar por eles, executar bem as suas tarefas e que saibam debater-se por aquilo que acreditam mas sempre respeitando o próximo. Quanto à relação entre os nossos membros, tem muito a haver a primeira parte desta pergunta, mas devido a alguns não serem de Lisboa mas de diferentes pontos de Portugal, a diferenças culturais e políticas a melhor maneira de nos descrever é dizer que somos uma FAMÍLIA. 

Qual a imagem que têm passado do ISEL, quando o representam em concursos ou festivais de tunas? 
R: A imagem que temos passado do ISEL é de uma entidade de prestígio que nos forma a muitos níveis, pessoalmente, intelectualmente, civicamente e que apesar de nem tudo ser um mar de rosas nos ensina a usar aquilo que por vezes não agrada a muita gente mas que é das armas mais poderosas que temos o nosso cérebro, a pensar e a arranjar soluções para os problemas que nos surgem. Tentamos seguir à risca estas palavras escritas há 22 anos pelos nossos fundadores e assim honrar não só o nome da Estudantina, como o do ISEL: 
“Aqui estamos a trovar com fidalguia,
 Vamos para o mundo para honrar Engenharia” 

Uma pergunta mais pessoal: Porque é que aderiste à tuna?
R: No meu caso para além de gostar imenso deste mundo, trata-se também de uma questão familiar que sempre foi ligada muito à música, isto somado ao facto de o meu avô paterno ter fundado uma tuna popular numa aldeia de Trás-os-Montes, que uma prima minha também pertenceu durante uns tempos e que a minha irmã pertenceu a uma tuna 12 anos passou a ser uma questão quase natural, aliás a seguir a inscrever-me no ISEL fui logo saber como podia entrar para a Estudantina. 

Como é sabido, o interesse dos alunos pelos assuntos mais “políticos” do ISEL é pouco. Sendo a tuna um motivo de orgulho na nossa comunidade estudantil, sentem a responsabilidade de serem o exemplo a seguir, no que toca à cidadania? 
R: Sobre esse aspecto é uma realidade que me entristece um pouco pois dizer mal muitos dizem mas quando existem RGA’s ou eleições assobiam todos para o lado e é melhor ir para casa para o facebook do que enfrentar os problemas que temos e fazer alguma coisa para melhorarmos algo que também é nosso, às vezes faz bem chatearmo-nos e dar um murro na mesa para as coisas seguirem o caminho correto e não deixar que outros decidam por nós. Com isto tudo quero dizer que sim, sentimos essa responsabilidade e quando formamos novos Estudantinos tentamos transmitir isso mesmo. 

Um comentário relativamente à atual situação do ISEL. 
R: Como o país encontra-se numa situação delicada, devido a más gestões anteriores, mas que a actual está a tentar resolver e a melhorar a posição em que nos encontramos, agora não se pode esperar que tudo fique bem do dia para a noite, pelo menos sinto que a actual direcção se encontra nos lugares que ocupam para servir o ISEL e não para se servir do mesmo o que já é uma melhoria significativa.

REMEMBER ISEL: Discursos e Água Ardente


Para quem não se lembra, ou para quem não chegou a ter oportunidade de se lembrar, por ainda não estar no ISEL, o início do ano académico era sempre uma altura de festa e união. Em Setembro com os caloiros e os veteranos, comemorava-se sempre as boas vindas e as despedidas, respectivamente. 


No tempo em que na SALA 13 se vendia água ardente, em que as gentes bebiam uns copitos a mais juntamente com o Sr. Camilo, não faltava nada. Nem o discurso do presidente! Esse, ora engravatado e altivo, ora desengravatado e demasiado descontraído, lá ia falando : dizendo umas coisas. Começava sempre por ouvir a Estudantina e por cumprimentar a Rangel, nuns breves minutos que deduzo que fossem deveras humilhantes para ela. 

Assisti aos mais variados discursos do Sr Presidente, mas nunca me esqueço daquele ano (o meu último) em que o Professor Quadrado falou das dificuldades que o país atravessava na engenharia. Começou a frase dizendo “ninguém é rico sendo engenheiro”. Todos rimos, mas houve muitos a desistirem dos cursos, mesmo depois do mais perfeito exemplo do contrário.. Antigo aluno do ISEL II

+ISEL - Denúncia: Diplomas em atraso

Escrevo, porque já não sei como resolver isto. 

Terminei a minha licenciatura em Eng. Civil em Julho do ano passado e pedi o meu diploma e certificado em Agosto/Setembro. O certificado de habilitações estava pronto uns dias depois, o diploma e o seu suplemento.. Pois.. Aqui é que está o problema. 

Tinha planos de me candidatar a um mestrado no Reino Unido para iniciar em Setembro de 2015, e eles pedem para a candidatura ser feita com bastante antecedência. Como ia ter um ano de pausa, achei que tinha tempo mais do que suficiente. No entanto, ainda estou à espera do suplemento. Fui à secretaria pedir urgência no processo, a 17 de Março e ainda nada. A única resposta que me dão aos muitos emails é que foi feito o pedido urgente e está para ser assinado. Paguei 100 euros por um diploma e um suplemento, não acho justo pagar mais por uma tradução oficial. 

Já estou no Reino Unido, vejo toda a gente já com cartas de aceitação na universidade e eu nada. Enviei um email ao Presidente da Associação de Estudantes antes de vir e nunca tive uma resposta. Pensei que um dos objectivos de Bolonha fosse poder estudar em diferentes universidades e até diferentes países. Parece que no ISEL não é possível. Espero poder ter alguma ajuda. Obrigada. .Ex-aluna do ISEL


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A mensagem anterior foi-nos enviada através do nosso formulário de contacto, disponível no nosso site.

 Contacte-nos através de http://com-iseleaks.pt.vu

LOBOTOMIA: O Cão de Pavlov

Na década de 1920, Ivan Pavlov, apoiado pela União Soviética,  formulou a teoria do reflexo condicional. Uma das suas experiências mais conhecidas consistia em tocar uma campainha antes de alimentar os seus cães. Depois de repetir este procedimento várias vezes, verificou que bastava tocar a campainha que os cães salivavam por comida.

Com a AEISEL, o mesmo se verifica. Basta um pequeno estímulo, um fragmento de poder, que começam de imediato a salivar. Tal como o cão de Pavlov, ficam histéricos, tentando obter o seu alimento, da forma mais fácil possível, obcecados, ignorando o que os rodeia. Tal se tem verificado ao longo destes meses de “mandato” descabido de ilegitimidade: É ilegal? Pouco importa! Preocupam-se mais em viver o tacho (que eles tanto criticavam) do que a resolver os verdadeiros problemas. 

A carta enviada em meu nome à AEISEL, solicitava uma serie de documentos relevantes relacionados com as contas (públicas) da mesma. Resta-me esperar se terei resposta, ou se será dissolvida na saliva ácida de Briteslov. Ao que parece, tal aconteceu com um e-mail de uma aluna que, como ultimo recurso e num ato de desespero, pediu ajuda à AEISEL para a solução de um problema relacionado com o seu diploma de fim de curso, que o ISEL tem demorado a entregar. Não obteve resposta. Mas afinal, para que serve uma Associação de Estudantes? Para organizar festas medíocres, fazer palhaçadas e perder tempo com minudências ou para ajudar os alunos?

Mais fazemos nós, um órgão não oficial, que procura dar uma verdadeira voz aos estudantes: estamos a dinamizar o Espaço Partilha, temos uma doação pendente (estranhamente, desde Março) de um micro-ondas, abordamos os mais variados assuntos sensíveis que agora, começam a dar frutos.

Para mim, um dos maiores sinais de desdém talvez tenha sido a falta de divulgação crescente: no início, haviam vídeos bonitos a anunciar as RGA, haviam cartazes por todo o lado. Agora, um ou outro cartaz afixado e um e-mailzeco, que quase ninguém lê. Talvez tenham desistido…talvez lhes convenha que poucos saibam. Afinal, uma revisão estatutária é algo importante, dá jeito fazer as coisas como lhes convém. É verdade que estes estatutos ganham em podridão, mas será que ninguém teve a genial ideia de os mudar antes? Convinha a todos, mesmo à antiga direcção que fazia questão de não os cumprir.
Agora é altura em que alguém me diz “Mas eles até fizeram uma semana aberta, para inscrições para a revisão de estatutos.” Sim, é uma excelente ideia. Mas pelo que vi, apenas meia dúzia irá saber disto (talvez um pouco mais, porque fizemos questão de publicar no jornal). E a quem ficará a cargo a seleção de candidatos? À direcção da AEISEL.
Talvez seja eu que esteja enganada; talvez estejam eles a trabalhar arduamente, patrioticamente para uma associação menos pavloviana. Mas cuidado: talvez seja boa ideia colocar o aviso “piso molhado” na entrada da AEISEL. 

Revisão de Estatutos

Na Reunião Geral de Alunos realizada no passado dia 20, foi decidido por votação a criação de uma comissão de revisão dos estatutos da AEISEL aberta a todos os estudantes. 

Esta comissão terá no máximo 20 estudantes, sendo que será prioridade ter pelo menos um estudante de cada curso. Qualquer aluno interessado poderá inscrever-se na sede da AEISEL, até dia 29 de Maio.

 A RGA de revisão estatutária terá lugar no dia 8 de Outubro

Carta enviada à AEISEL: Pedido de documentos

No passado dia 11 de Maio, o ISELeaks enviou uma carta registada à direcção da AEISEL, a solicitar informações do maior interesse para os alunos, procurando promover a transparência da Associação de Estudantes, que é de toda a comunidade estudantil do ISEL.

 Fundamentando a carta no Código do Procedimento Administrativo, enquanto associados temos o legítimo interesse na sua gestão. Assim sendo, foram solicitadas as seguintes informações: Situação da dívida por liquidar da AEISEL para com o Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ); Montante do passivo da AEISEL; Estado do processo litigioso entre a AEISEL e o Técnico Oficial de Contas anterior; Estrato bancário da conta corrente da AEISEL. Até ao momento, ainda não recebemos qualquer resposta.

Actualização  : 
Após esta publicação, um comentário (estranhamente , Anónimo) mencionava que a AEISEL já tinha enviado uma carta de resposta no final do mês. Dado que a alegada resposta ainda não foi recepcionada, optamos por contactar o presidente da direcção da AEISEL via e-mail no dia 8 de Junho de 2015, segunda-feira.  Dia 11 de Junho fez um mês que a nossa carta foi enviada. 

Segue-se a sequência de e-mails trocados:

De: Isel Leaks <iseleaks@gmail.com>
Data: 8 de junho de 2015 às 17:09
Assunto: Carta endereçada à AEISEL

Boa tarde,
Dado que através do nosso blog foi-nos dito que a AEISEL já tinha respondido pelas vias oficiais, vimos por este meio informar que nenhuma carta foi recebida.
Cumprimentos,
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ISELeaks
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No dia 9 de junho de 2015 às 16:00, Presidente Associação de Estudantes ISEL<presidente@ae.isel.pt> escreveu:
Caro Isel Leaks,
A Associação recebeu recentemente a carta, no final da semana passada, não tendo ainda esboçado uma resposta, informo ainda perante esta direcção que nenhuma informação será dada sem ser presencial e comprovativo de que os elementos são associados da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
Referente ao comentário colocado no vosso blog não vem da parte desta Direcção, nem é nossa iniciativa promover essa discussão por parte de comentário anónimos nem comentar em plataformas não institucionais do ISEL.

Sem mais assunto de momento,

Saudações Académicas
Ricardo Prista Brites 
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A 16 de Junho de 2015:
Caros membros da Direcção da AEISEL,
                Relativamente ao último mail enviado  por vós, temos o seguinte a transmitir:

- Quanto ao comentário colocado no nosso blog sobre uma eventual resposta da AEISEL, nunca seria possível não ter sido lida por alguém da Associação de Estudantes, dado que seriam os únicos a ter informação da identidade do remetente. Posto isto, e já que nem o Presidente da AEISEL tem conhecimento de quem lê as cartas dirigidas à entidade que dirige, vimos por este meio lamentar a quebra de segurança que esta associação demonstra;

- Relativamente à presença e comprovação da qualidade de sócios ordinários, é apenas uma questão de ser agendado segundo uma conveniência recíproca.
 Reiteramos a gravidade do facto de o Sr. Presidente da AEISEL não ter conhecimento do acesso ao conteúdo da comunicação que lhe é enviada – ninguém se não os membros da AEISEL teriam o conhecimento para afirmar que a carta já havia sido recebida (o que é confirmado pelo comprovativo da recepção: deu entrada no ISEL no dia 12/05/2015) e que já havia sido endereçada a resposta. Como tal, exigimos, na mesma qualidade de associados a averiguação do sucedido, mesmo que para isso, mais uma vez, seja necessário o comprovativo da qualidade de associados. Terminando, gostaríamos de agradecer a celeridade e prontidão do último e-mail.


 Subscrevemo-nos atenciosamente,
ISELeaks


EDITORIAL: Medos e Mitos

À semelhança de Black Annis - criatura malévola da mitologia anglo-saxónica -, que ao deparar-se com crianças, matava-as e usava a sua pele como cinto e que, como é habitual, era usada como corrector de mau comportamento das crianças; sentimo-nos francamente honrados, de ver o nome do jornal que fundámos no caminho para a mitologia ISELiana. Ora, consta que após iniciados os procedimentos disciplinares a figuras distintas do ISEL - retratadas em edições anteriores -, existe, neste momento, um claro medo de pronunciar um nome e, pior, de estar (ou parecer estar) de algum modo relacionado com esse: ISELeaks. 

Pois bem, depois de tantas acusações de parcialidade nos artigos, depois de tantas acusações sobre a falta de isenção e da existência deste jornal como uma ferramenta política de uma pessoa, eis que temos a instituição a funcionar e a valorizar aquilo que tantos, tão tendenciosamente, desvalorizaram e quiseram que fosse desvalorizado. Não é uma vitória - vitória é ter as instituições a funcionarem bem, limpas. A par disto, vemos uma clara tentativa de afastamento por parte da direcção, com quem tentámos cooperar sempre que pudémos. Sim, tentámos. Ao que parece, o Professor Doutor Helmano Margato, apesar de ser eleito por estudantes, funcionários e docentes, não recebe alunos na sua distinta qualidade de Presidente do ISEL. Compreendo: afinal, um General só dialoga com oficiais ou superiores. 

Mas para felicidade daquelas que nos detestam - que, entre outros, nos acusavam de nunca criticarmos a direcção -, há mais: o medo do que os outros pensam, levou esta direcção a bloquear o processo de doação de um micro-ondas, que aguarda há quase 4 meses pela sua concretização. Tudo isto, porque estaria relacionado com o ISELeaks. Do mesmo modo, uma entrevista preparada para a direcção, foi igualmente bloqueada, porque “há demasiadas pessoas a pensar que a direcção tem alguma coisa a ver com o vosso jornal”. Onde é que está a coragem, que levou estes homens e mulheres assumirem cargos numa instituição arrasada, para enfrentarem aquilo que os outros dizem ou pensam? Resta saber se o objectivo é governar para o povo, ou para os barões. 

Gostaríamos ainda de de referir, a importância do contributo que todos podem ter para o Espaço Partilha. Este movimento carece urgentemente da ajuda de todos : quer em roupa, quer em alimentos, ou senhas de refeição. Numa altura em que se apregoa a melhoria das condições de estudo nas salas de aula, das cantinas e da importância das manifestações, há quem não consiga estudar porque precisa de comer. Há quem não viva de partidarismos e de promessas pré-eleitorais esquecidas : Há quem não coma para estudar; e há quem não estude, para comer.