Devido às elevadas taxas de
chumbos de algumas cadeiras, os alunos da comissão coordenadora de LEIC, solicitaram as folhas de desistências aos docentes de modo a poderem calcular as taxas de
chumbos de algumas disciplinas, no entanto estas foram-lhes recusadas. Assim
sendo, solicitaram o envio dos dados completos da Unidade Curricular – os números de inscritos,
alunos aprovados e reprovados.
Segundo informações às quais o
ISELeaks teve acesso, a titulo de exemplo, na cadeira de AVE, a avaliação do Exame de Época Normal teve que ser elevada
para 22 valores, de modo a que fosse possível passarem 9 alunos em vez de 4. Após
o Recurso, a taxa total de reprovação foi quase de 80%. O mesmo se verificou com PI (cerca de 83% de chumbos, com apenas 14 aprovados num panorama de 84 alunos inscritos).
Nas disciplinas partilhadas com outros cursos, as notas por vezes são apresentadas em conjunto, sendo a taxa de reprovações diluída.
Infelizmente, estas situações não são incomuns. Em maio de 2015 noticiamos os problemas ocorridos nas avaliações de MM1 (LEM).
Também verificamos que, na avaliação de docentes, as desistências não contam para a taxa de reprovação. Assim sendo, verifica-se um menor número de chumbos e, por consequência, melhor avaliação da UC e do Docente. Por esse motivo, o professor José Manuel Simões de Tecnologia Mecânica I (LEM) continua a coagir alguns alunos a entregar uma "Carta de Desistência". Mesmo depois de termos noticiado esta situação, a respectiva comissão coordenadora não se manifestou.
Já neste semestre, desta vez Engenharia Electrotécnica (LEE) , na disciplina de AC2, também se verificou, tal como é hábito, um considerável atraso na divulgação do resultados do exame de época normal, excedendo os prazos de definidos pelo regulamento do ISEL. No entanto, a situação teve um desfecho um pouco mais feliz: manteve-se a data do exame de recurso e marcou-se um exame alternativo, permitindo aos alunos escolherem.
Por sua vez, na Licenciatura em Tecnologias em Gestão Municipal (LTGM) ocorreu uma situação semelhante, porém um pouco mais complexa - em Fevereiro de 2016, foi realizada uma denuncia ao provedor do estudante do IPL sobre a conduta do professor de Planeamento Regional e Urbano (PRU) e também Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins. Nesta denúncia é dito que o docente deixou de dar aulas uma semana antes da interrupção de Natal e, tendo teste marcado para o dia 6 de Janeiro, não disponibilizou horário de dúvidas. As notas saíram no dia 17 de Janeiro, na véspera do Exame, sem possibilidade de revisão de prova. Tendo em conta que bastam 7,5 valores para passar à componente teórica, a taxa de chumbos foi de 50%. No entanto, de 0 a 20 valores, a nota mais alta foI de 8.5 valores. No entanto, tal situação parece não se verificar nas 3 turmas de mestrado leccionadas por este docente.
Mesmo após a denuncia, nada mudou: as notas do exame de época Normal foram publicadas no dia do exame de recurso, tendo-se realizado um exame alternativo na passada sexta-feira, dia 26, já muito longe do fim do semestre e em período de inscrições, demonstrando um total desrespeito pelos alunos. O desfecho, era previsível: a taxa de chumbos foi de 73%. No entanto, a nota mais alta foi de 9.25 valores.
No entanto, segundo fomos informados, tais situações não se verificam nas 3 turmas de mestrado leccionadas pelo docente.*
É de notar que, mais uma vez, muitos alunos irão iniciar o semestre sem terem conhecimento de algumas avaliações do semestre anterior, representando um claro incumprimento do regulamento de avaliação do ISEL, que prevê a publicação das notas até três dias úteis antes do início do semestre seguinte, mas sempre no prazo máximo de quinze dias, após a realização da prova. Tal situação, comum em todos os cursos, também se verificou na cadeira de Estruturas de Engenharia Civil (LEC), onde as notas foram publicadas dia 29 de Fevereiro, quadro dias após o prazo estipulado no calendário lectivo.
Os alunos são constantemente estrangulados com regras e prazos. E uma boa pedagogia passa pelos professores cumprirem as regras que exigem. Felizmente, estas excepções não são regra e existem ainda muitos professores de qualidade no ISEL.
No entanto, cabe aos alunos denunciar este tipo de situações e lutar por uma educação mais justa e produtiva, para o bem e para o futuro do ISEL.
*corrigido a 02/03/2016, 1h30
Também verificamos que, na avaliação de docentes, as desistências não contam para a taxa de reprovação. Assim sendo, verifica-se um menor número de chumbos e, por consequência, melhor avaliação da UC e do Docente. Por esse motivo, o professor José Manuel Simões de Tecnologia Mecânica I (LEM) continua a coagir alguns alunos a entregar uma "Carta de Desistência". Mesmo depois de termos noticiado esta situação, a respectiva comissão coordenadora não se manifestou.
Já neste semestre, desta vez Engenharia Electrotécnica (LEE) , na disciplina de AC2, também se verificou, tal como é hábito, um considerável atraso na divulgação do resultados do exame de época normal, excedendo os prazos de definidos pelo regulamento do ISEL. No entanto, a situação teve um desfecho um pouco mais feliz: manteve-se a data do exame de recurso e marcou-se um exame alternativo, permitindo aos alunos escolherem.
Por sua vez, na Licenciatura em Tecnologias em Gestão Municipal (LTGM) ocorreu uma situação semelhante, porém um pouco mais complexa - em Fevereiro de 2016, foi realizada uma denuncia ao provedor do estudante do IPL sobre a conduta do professor de Planeamento Regional e Urbano (PRU) e também Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins. Nesta denúncia é dito que o docente deixou de dar aulas uma semana antes da interrupção de Natal e, tendo teste marcado para o dia 6 de Janeiro, não disponibilizou horário de dúvidas. As notas saíram no dia 17 de Janeiro, na véspera do Exame, sem possibilidade de revisão de prova. Tendo em conta que bastam 7,5 valores para passar à componente teórica, a taxa de chumbos foi de 50%. No entanto, de 0 a 20 valores, a nota mais alta foI de 8.5 valores. No entanto, tal situação parece não se verificar nas 3 turmas de mestrado leccionadas por este docente.
"Como é lógico, tentamos contactar o engenheiro para mudarmos a data do exame pois não tínhamos tempo para estudar, mas o engenheiro sempre se mostrou indisponível para falar com os seus alunos, tentamos ainda minutos antes do exame falar com o engenheiro, mas este mostrou-se pouco interessado e não tivemos outra escolha se não realizar o exame daquela maneira."
in Denúncia - incumprimento pedagógico
No entanto, segundo fomos informados, tais situações não se verificam nas 3 turmas de mestrado leccionadas pelo docente.*
É de notar que, mais uma vez, muitos alunos irão iniciar o semestre sem terem conhecimento de algumas avaliações do semestre anterior, representando um claro incumprimento do regulamento de avaliação do ISEL, que prevê a publicação das notas até três dias úteis antes do início do semestre seguinte, mas sempre no prazo máximo de quinze dias, após a realização da prova. Tal situação, comum em todos os cursos, também se verificou na cadeira de Estruturas de Engenharia Civil (LEC), onde as notas foram publicadas dia 29 de Fevereiro, quadro dias após o prazo estipulado no calendário lectivo.
Ao que parece, pelo menos para alguns, os regulamentos, realizados de professores para professores, são violáveis e descartáveis, meras formalidades académicas e burocráticas.
Afinal, num mundo de tecnocratas, profissionais que não se preocupam com os contratempos dos seus actos, as regras existem para não serem cumpridas. E os alunos são meros números, contratempos aborrecidos que pagam os seus salários, directa ou indirectamente.
A titulo de curiosidade, deixamos aqui a tabela de Vencimentos para o 1º trimestre de 2016 dos docentes do ensino superior (universitário e politécnico). http://bit.ly/1Ux5Zcz
Os alunos são constantemente estrangulados com regras e prazos. E uma boa pedagogia passa pelos professores cumprirem as regras que exigem. Felizmente, estas excepções não são regra e existem ainda muitos professores de qualidade no ISEL.
No entanto, cabe aos alunos denunciar este tipo de situações e lutar por uma educação mais justa e produtiva, para o bem e para o futuro do ISEL.
*corrigido a 02/03/2016, 1h30