Há pouco mais de um ano, estudávamos num ISEL Quadradista, onde se faziam contratos com familiares, amigos e conhecidos de amigos e de familiares de amigos. Uma altura em que poucos ousavam colocar-se no caminho dos barões do ISEL; e em que esta casa era mais uma agência de viagens do que propriamente um estabelecimento de ensino. Há pouco mais de um ano, o ego estratoesférico de um homem, provocava um prejuízo incalculável, que estamos ainda hoje a descobrir. Será que, no ano passado, seria possível existir um ISELeaks? Cá para mim, teríamos neste momento – nesta décima edição – pelo menos 10 processos por difamação e teríamos de nos debater contra a Júdice, Oliveira Martins & Associados, tudo pago pelo ISEL. E, o mais assustador, seria que não haveria mais do que o silêncio cadavérico perante todas estas maroscas – no fim de contas, só restariam boatos sobre negociatas e cambões do Professor Quadrado.
A par disso, os “estudantes” organizavam o MULE-Movimento Unitário de Luta Estudantil, que trazia a originalidade ao ISEL: A autocracia. Este movimento combatia de forma veemente uma Associação de Estudantes Quadradista, que pecava por não saber como lidar com a oposição. Nessa AE Quadradista, também haviam as vacas gordas, que – de tão gordas – já não cabiam pela porta de saída. Viviam como se a AE fosse o seu passado, presente e futuro. À semelhança da Presidência do ISEL, caíram as vacas gordas e jurássicas e chegámos a uma nova etapa.
Chega o MULE à Associação de Estudantes do ISEL, com o apoio da JCP, e com uma mão cheia de promessas e cartazes e panfletos dessa organização partidária, que estão agora a ser colocados no campus do ISEL – só pode ser coincidência. Tomada uma AE deficitária, que teria dificuldades em pagar salários e em ser honesta, transparente ou séria; e tornaram-na numa AE com ainda maiores dificuldades em ser honesta, transparente, séria e ainda com dificuldades em aceitar a democracia: Não tardou a proposta para financiar o ISELeaks, com a condição de controlo dos conteúdos e mediante uma apresentação em “Power Point” aos dirigentes da AE. Ou seja, sem verbas para pagar salários, mas prontos a gastá-las em papel e proteger a sua imagem. A vontade de se tornarem uns Quadradinhos manifestou-se cedo...
Já quanto à Direcção, ganharam com uma campanha e imagem francamente eficientes, prometendo Mundos e Fundos. Hoje, passado pouco mais de um ano, não podemos ser atendidos pelo presidente: Porque o “Presidente não fala com alunos”; excepto se for para pedir o voto.
Não estaremos na altura de criar uma nova etapa? GF
Sem comentários:
Enviar um comentário