quinta-feira, 25 de junho de 2015

PONTO-A-PONTO - Irmãos Teque: O Marketing Familiar ao serviço do ISEL

Errata: Ricardo Teque Florêncio e Susana Teque Florêncio não são irmãos, são casados.

Toda a história da internacionalização do ISEL e dos irmãos Teque,iniciada na Associação Académica de Lisboa, vista da janela do Gabinete de Comunicação.



(clique na imagem para ampliar)

Gabinete de Comunicação e Imagem, Gabinete de Relações Externas e Gabinete de Congressos, têm todos algo em comum: Uma única pessoa a chefiá-los, neste caso a Dra. Susana Teque Florêncio. No ISEL desde 2009, ingressou numa licenciatura em Ensino em 1997, terminando só em 2004; tendo, nesse período, trabalhado numa empresa de Call Center. Já terminada a sua licenciatura, em 2007 ingressa num estágio da Caixa Geral de Depósitos, mais uma vez, no apoio ao cliente. É também neste ano, que Susana Teque é contratada pela a Administração Pública, como professora do ensino básico; tendo, ainda em 2007, iniciado o seu percurso rumo ao ISEL, como fundadora do Semanário Académico, com o seu irmão Ricardo Teque Florêncio. Finalmente, em 2009, a agora Coordenadora do Gabinete de Comunicação e Imagem, Relações Externas e Centro de Congressos, é contratada para o ISEL como Coordenadora do Gabinete de Comunicação, num concurso muito contestado. Requisitos para a vaga: Licenciatura em Línguas - português/inglês, e não em Marketing ou Comunicação, como seria de esperar. Ou seja, seriam excluídos os candidatos com licenciaturas em Ciências da Comunicação, ou Marketing; já que o procedimento concursal exigia especificamente aquele curso e “não havendo possibilidade  de substituição do nível habilitacional por formação ou experiência profissional”. 

Este requisito, facilitou o trabalho ao Doutor Carlos Quadrado (o presidente do júri do concurso) de eliminar os restantes candidatos automaticamente e escolher Susana Teque – que contava já com vasta experiência de Call Centers e de docência do ensino básico - para a Coordenação daquele gabinete. 
A acrescentar ao facto destes requisitos pitorescos, a Dra. Teque estaria, à data da sua contratação, a iniciar um Mestrado em Publicidade e Marketing. Por coincidência, ou não, seria contratada para o Gabinete de Marketing e de Relações Externas em 2011, já no final do seu Mestrado; num concurso onde se pedia o “apoio à presidência na internacionalização, marketing e comunicação publicitária na área do gabinete de comunicação e imagem”; sem deixar de referir que pelo menos um dos 6 candidatos já teriam o Grau de Mestre à data do concurso, mas em Estudos Anglo-Portugueses: Desta vez já não era exigido um curso com componente linguística. 
É também importante referir que, nos dois concursos – Comunicação e Gabinete Marketing e Relações Externas – os restantes candidatos nunca compareceram à prova de conhecimentos (à excepção do primeiro, em que só compareceram mais 2 pessoas), segundo consta na publicação do procedimento concursal. 

Mas o seu percurso não começa aqui, nem começa com o Professor Quadrado; leva-nos, antes, até  2007, ao SALx – Semanário Académico de Lisboa – que Susana Teque Florêncio nesse mesmo ano fundou e onde o seu irmão, Ricardo Teque Florêncio, era coordenador editorial. É também em 2007, que este integra as Listas para a Associação Académica de Lisboa  como Vice-Presidente, juntamente com Frederico “Fred” Saraiva, e por onde fica até 2009, no famoso mandato que muitos dizem ter arruinado as contas daquela associação. 

Paralelamente, Ricardo Teque também exercia o cargo de Communication Manager no ISEL, de Fevereiro de 2007 a Janeiro de 2008, apenas um ano antes de Susana ser contratada.  No entanto, foi em 2011 que os dois irmãos se reencontram no mercado de trabalho: Em 2012, o Professor Carlos Quadrado era o anfitrião do Congresso internacional de Engenharia (WEE) que teve lugar no Pavilhão Atlântico, em que o ISEL apostou 90 mil euros; com oferta de tablets incluída para os docentes que se inscreviam. Neste projeto megalómano, Ricardo Teque Florêncio foi o responsável pelo Marketing e Comunicação. Ao que parece, a sua irmã estaria demasiado ocupada a coordenar os Gabinetes de Comunicação, de Relações Externas, e do Centro de Congressos, para promover o marketing do ISEL naquele evento - Como tal, foi delegada a competência de Susana Teque a Ricardo Teque. 

Atualmente, Ricardo é o CEO e dono da AIM Digital Agency,  (http://aimdigitalagency.com/) desde 2013. Esta sua agência publicitária tem (ou teve) como clientes o Espaço Académico de Lisboa, o ISEL e a Bitwoci. Esta última é uma empresa no Barreiro, constituída em Janeiro de 2013, da qual Frederico Saraiva é o sócio-gerente. Entre os projectos da AIM, está o logótipo do “OPEN Workspace by ISEL”, toda a publicidade da Mega Festa do Caloiro 2014 e ainda todo o marketing do Espaço Académico de Lisboa. 

Durante esta epopeia, Susana Teque, na categoria de coordenadora do gabinete de Imagem, dava o seu contributo para a internacionalização do ISEL, estando frequentemente em eventos nacionais e internacionais. Segundo o blog ISELfree, seria este gabinete favorecido pelo Professor Carlos Quadrado, com verbas do PRODEP, deixando alguns docentes sem possibilidade determinar o Doutoramento.

O ISELeaks tentou por várias vezes contactar a Dra. Susana Teque, para a obtenção de pareceres por parte do Gabinete de Comunicação para assuntos não relacionados com esta peça, mas nunca nos foi possível entrar em contacto com alguém para além de um funcionário, sendo da maior relevância referir que sempre nos foi dito que a Dra. Susana Teque ou estaria de férias, ou estaria no exercício das suas funções de representação do ISEL, mas sempre fora do Campus.

Inquérito a Funcionários

O ISELeaks realizou um inquérito anónimo e informal a funcionários e a ex-funcionários do ISEL. Segundo os mapas de pessoal docente e não docente de 2015, a dimensão da população de funcionários é de 631 (436 docentes e 195 não docentes).  Foram realizados cerca de 450 contactos via e-mail e 100 através das redes sociais. É de notar que a dimensão da população não é precisa, pois engloba licenças sem vencimento e outras situações. Assim sendo, a taxa de resposta foi de aproximadamente 10%. Responderam também alguns antigos funcionários do ISEL; não sendo o número inquiridos significativo, apenas serão consideradas as respostas escritas dos mesmos.

Questões
1.Trabalha no ISEL há quantos anos?
2.Como avalia a nova direcção? | 1- Muito Má; 5- Excelente
3.Considera que o seu trabalho é reconhecido? | 1 – Nada Reconhecido; 5- Muito Reconhecido
4.Como avalia as suas condições de trabalho? (infraestruturas, apoio da direcção) 
| 1- Péssimas ; 5- Excelentes
5.Como avalia direcção anterior? | 1- Péssima ; 5- Excelente
6.Se existiu, relate uma situação que o tenha incomodado. 
7.Para si, qual deveria ser a postura da actual direcção em relação às publicações do ISELeaks? 
|Devem agir mediante a comprovação da verdade; Devem-se manter afastados; Não sei/Não tenho opinião; Outra
8.Como avalia o ISELeaks? | 1-Sem Importância; 5-Com Importância
Este questionário incluía também duas caixas livres:comentários e considerações finais


 


6.Se existiu, relate uma situação que o tenha incomodado
-Existirem docentes em tempo integral no ISEL e estarem em tempo integral nas empresas. Imoral e Ilegal.
-Gastos da anterior direcção em proveito pessoal
-Portal + Fechaduras eletrónicas das salas
-Não fez o necessário para a integração do ISEL na UL o que originou a situação de estagnação que hoje temos.
-As despesas de representação exorbitantes e inúteis; completo desinteresse pela definição de um projeto exequível e participado;
-Tantas máquinas e nem uma limalha metálica, só ética e deontologia profissional, mas o trabalho? O fazer na mecânica é essencial! Incomoda muito a filosofia dos gordos que é medida em Metro cúbico.
-Falta de apoio financeiro para as propinas do Doutoramento.



Comentários
-Roubar e processar professores, foi tudo o que fizeram.
-Mudam as figuras, mas as políticas são as mesmas. Amealhar!
-Desestruturação da escola; ausência de projeto; favorecimento; perseguição; ilegalidades; conluio com aluno frederico
-Sagradas Famílias da incompetência da ADEM

Considerações Finais
-Devido ao facto de não ter conseguido obter o grau de Doutor, em tempo útil, deixarei de ser docente no ISEL a partir de Setembro de 2015.

-Acho que devem continuar o seu trabalho. Concordando ou não com algumas coisas, tem algum interesse. É sempre bom o contraditório. Estão de parabéns!

-Estando reformado e mais afastado da actualidade do ISEL não tenho opinião sobre o trabalho da actual Direcção. Já sobre a do Quadrado nunca teria o meu Voto/Apoio!


(Opinião) INFERNO - Aos Associados

Há pouco mais de um ano, estudávamos num ISEL Quadradista, onde se faziam contratos com familiares, amigos e conhecidos de amigos e de familiares de amigos. Uma altura em que poucos ousavam colocar-se no caminho dos barões do ISEL; e em que esta casa era mais uma agência de viagens do que propriamente um estabelecimento de ensino. Há pouco mais de um ano, o ego estratoesférico de um homem, provocava um prejuízo incalculável, que estamos ainda hoje a descobrir. Será que, no ano passado, seria possível existir um ISELeaks? Cá para mim, teríamos neste momento – nesta décima edição – pelo menos 10 processos por difamação e teríamos de nos debater contra a Júdice, Oliveira Martins & Associados, tudo pago pelo ISEL. E, o mais assustador, seria que não haveria mais do que o silêncio cadavérico perante todas estas maroscas – no fim de contas, só restariam boatos sobre negociatas e cambões do Professor Quadrado.

A par disso, os “estudantes” organizavam o MULE-Movimento Unitário de Luta Estudantil, que trazia a originalidade ao ISEL: A autocracia. Este movimento combatia de forma veemente uma Associação de Estudantes Quadradista, que pecava por não saber como lidar com a oposição. Nessa AE Quadradista, também haviam as vacas gordas, que – de tão gordas – já não cabiam pela porta de saída. Viviam como se a AE fosse o seu passado, presente e futuro. À semelhança da Presidência do ISEL, caíram as vacas gordas e jurássicas e chegámos a uma nova etapa.

Chega o MULE à Associação de Estudantes do ISEL, com o apoio da JCP, e com uma mão cheia de promessas e cartazes e panfletos dessa organização partidária, que estão agora a ser colocados no campus do ISEL – só pode ser coincidência. Tomada uma AE deficitária, que teria dificuldades em pagar salários e em ser honesta, transparente ou séria; e tornaram-na numa AE com ainda maiores dificuldades em ser honesta, transparente, séria e ainda com dificuldades em aceitar a democracia: Não tardou a proposta para financiar o ISELeaks, com a condição de controlo dos conteúdos e mediante uma apresentação em “Power Point” aos dirigentes da AE. Ou seja, sem verbas para pagar salários, mas prontos a gastá-las em papel e proteger a sua imagem. A vontade de se tornarem uns Quadradinhos manifestou-se cedo...

Já quanto à Direcção, ganharam com uma campanha e imagem francamente eficientes, prometendo Mundos e Fundos. Hoje, passado pouco mais de um ano, não podemos ser atendidos pelo presidente: Porque o “Presidente não fala com alunos”; excepto se for para pedir o voto.
Não estaremos na altura de criar uma nova etapa? GF

NOTÍCIAS - Propinas

Dois terços das universidades e politécnicos  optaram por congelar o valor das propinas, de forma a evitar acrescentar maiores dificuldades aos orçamentos das famílias. As instituições de ensino superior que cobram a propina máxima terão que baixá-la em 2015/2016, atendendo ao facto de a inflação ter sido negativa (0,3%) no ano passado.

Esta é a primeira vez, desde 2010, que o valor da propina desce. Contudo, a evolução da mesma tem sido sempre no sentido de um aumento de custos: de 1997 a 2003, a propina era 200 a 300 euros, tendo um súbito salto para os 800 euros. Em 2012/2013 alcançou os 1000€.

Actualmente, o ISEL cobra a propina máxima de 1,067,85 euros.

NOTÍCIAS - ISEL: 3 novos cursos

No passado dia 23, o ISEL ficou creditado a ministrar os cursos de Licenciatura em Tecnologias Biomédicas e Tecnologias e Gestão Municipal, e ainda Mestrado em Engenharia Biomédica. 

Estima-se que o curso de Licenciatura em Tecnologias Biomédicas comece já no próximo ano lectivo, passando já a fazer parte da oferta efectiva do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, a par com o curso de Mestrado em Engenharia Biomédica, que estará também englobado na oferta curricular, mas dependente do número de ingressos. 

Já no que toca ao curso de Licenciatura em Tecnologias e Gestão Municipal, não há ainda data prevista para o seu início.

+ISEL - Denúncias

Falta de profissionalismo (e de papel).- A engenheira Lara Santos tem por hábito faltar a mais de metade das aulas e como se isso não bastasse marca aulas suplementares às quais também nem sempre aparece, quando o faz chega a tarde e a más horas! Para acrescentar, a mesma demorou quase dois meses a lançar o enunciado do primeiro trabalho, e já acabaram as aulas e o enunciado do segundo ainda não foi lançado, contudo para tentar disfarçar, faz questão de abrir os marcos em tempo normal para ninguém saber qual a data do lançamento. Hoje é dia 23 de Junho as aulas acabaram a 20, prazo limite para lançar o trabalho, e o mesmo ainda não foi lançado.
Esta senhora mostra ainda para além de uma falta de profissionalismo, uma grande falta de respeito pois marca discussões e pede aos alunos que não marquem discussões de outras cadeiras para uma data próxima da sua, pois a probabilidade de estas serem desmarcadas e marcadas com uma nova data é muito grande!
O que seria em cinco cadeiras os cinco engenheiros pedirem o mesmo, seriam precisas 5 semanas para a realização de todas a discussões!
Tenho ainda outra crítica a fazer, no departamento de Fracas há falta de papel higiénico nas casas de banho por causa dos “cortes” diz-se! Para além do balúrdio que é gasto em propinas que chega para o papel, esta situação é má pois é uma falta de higiene e de condições mínimas!
.Aluno do ISEL
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Lançamento de notas: tempo de espera ilimitado.- [...] Há certas cadeiras no ISEL que os professores parece que se esquecem que no final do semestre têm que lançar notas. No meu caso já esperei 3 anos ( e continuo á espera) que uma nota saia, isso tudo porque o professor não a quer lançar porque “faltam ainda discussões”. Tenho colegas que querem fazer as discussões que faltam mas o mesmo prof está sempre a desmarcar . Basicamente estamos á espera que saia notas e é uma grande confusão . No meu caso são 3 anos ( 6 semestres) , mas tenho colegas que já vão nos 5 anos ( mesmo professor, mas cadeiras diferentes). mesmo depois de falar várias vezes com o mesmo professor ele não faz nada...  Esse professor não é o único, tenho outras cadeiras que esperei 1 ano e meio até ter a nota lançada no portal... .Um aluno do ISEL
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Mau funcionamento da Tesouraria.- Fiz dois pedidos à tesouraria do ISEL e nem para o c****** me mandaram.... que tristeza Com serviços de m****, numa escola cada vez mais decadente. Os serviços trabalham mal e lentamente, penso que devia existir uma mudança forte nos mesmos. Saudações Académicas .Ex-aluno
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Sobre a ultima edição.-Meus queridos, reparei hoje na vossa noticia e lembrei-me de alguns pormenores. A nossa amiga Tânia [Figueiredo, dos Serviços Financeiros] é casada com um o Ricardo Pereira que por sua vez tem umas negociatas também com IPL com a sua empresa manuconcept. .Funcionário do ISEL

As mensagens anteriores foram-nos enviadas através do nosso formulário de contacto, 
disponivel no nosso site.
Contacte-nos através de
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ED10 - Editorial - A Peste

Numa cidade remota, em sua casa, um médico depara-se com 3 ratos mortos. Ao confrontar o porteiro com a situação, ele garante que “Nesta casa não há ratos!”. No entanto, nos dias que se seguem, depara-se com um  número crescente de ratos mortos e de doentes com o mesmo tipo de sintomas. São sintomas de uma epidemia e todos sabem de que se trata. Mas todos, incluindo as autoridades locais, negarão a verdade enquanto for possível, desvalorizarão o caso pois o pânico deve ser evitado. 
Tal não passa de um pensamento errático: negar os factos não os muda e quando a epidemia se espalhou, foi necessário dar-lhe um nome: A Peste, 
Seria melhor um terremoto,porque após os abalos contam-se os mortos e não se fala mais nisso, mas a peste mata todos os dias.
Por aqui, nesta nossa casa, de pouco servem as medidas tomadas: isolaram-se alguns ratos e esqueceram-se da contaminação. Ao convivermos nesta realidade, é possível que tenhamos alguma responsabilidade, pois todos nós , durante anos, permitimos e fomos benevolentes com os ratos.
Só resta uma solução: descobrir a fonte, dizima-los. Quando se vê os efeitos que ela traz é preciso ser covarde para se resignar. Se tal não for feito, estes ratos de hotel, gatunos com aspeto elegante, tomarão a vida de quem não merece. 
Como acréscimo, resta-me dizer que a mesquinhez dos ratos não vê barreiras. Entre as consequências, deixo um ínfimo exemplo, dentro do que nos é permitido verbalizar (quanto aos mais nocivos, esperemos):  nós, na nossa boa vontade, propusemo-nos a promover o espaço de solidariedade do ISEL, o Espaço Partilha. Criamos um cartaz, foram percorridos todos os procedimentos institucionais, enviamos para o Gabinete de Comunicação e foi aprovado. O único objectivo era, naturalmente ajudar a comunidade do ISEL com maiores dificuldades económicas. Mas nem um par de dias se passou e os cartazes foram retirados. Motivo? Não sabemos e aguardamos resposta, mas por coincidência, a exímia Susana Teque, tema desta edição, havia voltado. É curioso observar como os interesses, talvez inspirados em pensamentos vis, se sobrepõem aos valores.
Aparte deste exemplo dos braços da peste, existem ainda os pobres de espírito mas, ainda assim humanos, que se deixaram contagiar: um grupo de jovens que, de foice em punho, alegava combater o cancro da associação e lutar pela verdade e transparência, agora vê-se contagiada pela mesma peste – até ver, resistem a apresentar documentos que seriam do maior interesse dos alunos. Depois de uma carta enviada por nós há bem mais de um mês, à qual não obtivemos resposta, optamos por insistir por via electrónica. Após uma resposta mal dada, como quem desconhece a sua própria casa, propusemos a realização de uma reunião. E agora vemos o óbvio: o silêncio, movido pelos sintomas da peste.
Se a honestidade pode vencer a peste , também pode vencer a corrupção. Até lá, enquanto membros desta casa, de nada nos serve sentir pena seja da sociedade ou de nós próprios e ainda menos alimentar o estado de submissão bajulante, já que as pessoas cansam da piedade quando a piedade é inútil. 
Mesmo quando o reino anuncia que a peste pertence ao passado, de nada nos serve ignorar a verdade: o bacilo da peste nunca morre, apenas adormece, e cabe-nos a nós evitar o seu despertar. IB

em itálico: excertos de "A Peste" de Albert Camus