Em meados do século XVII, Miguel de Cervantes
y Saavedra contava a história de Dom Quixote de
La Mancha , um cavaleiro louco que, vestindo uma
velha armadura dos seus ancestrais, assume a
missão de salvar e proteger os fracos e oprimidos,
donzelas em perigo e tantos outros injustiçados.
Qualquer cavaleiro digno dessa nome necessita
de um fiel escudeiro, por isso, convidou o seu
amigo Sancho Pança, prometendo-lhe o governo
de uma ilha.
No ISEL, o conto não é muito diferente – depois
do discurso astuto, feroz e populista de Elmano Margato na apresentação de candidatura, a sua
vitória tornou-se previsível. Afinal, o espetáculo de
“homem do povo” é um tiro vencedor. No entanto,
é impossível não nos questionarmos sobre quem
quis que Margato fosse para outros mares ou, por
palavras suas, quem o levou a “meter o nariz” no
IPL.
Na nossa casa temos também um eterno Dom
Quixote - Carlos Quadrado, cavaleiro engenhoso,
cuja missão é salvar as donzelas do desemprego.
Escusado será dizer que, agora, o seu fiel
escudeiro é nada mais nada menos do que o professor
João Calado.
O nosso Dom Quixote, um brilhante lunático, sempre
procurou conquistar e controlar o mundo que o
rodeia – à beira do fim de mandato de partida para
o ISEP, deixou os canhões armados e as donzelas
empregadas com nomeações estratégicas e tantas
outras armadilhas, tal como marionetas em
agências nacionais e outras sociedades discretas.
Ao contrário do D. Quixote de Miguel de Cervantes,
o seu escudeiro não o tenta chamar à realidade e
talvez nem se preocupe com o estrago; escolhe
seguir o sonho desastroso de Quadrado. Agora,
depois da saída de Elmano, quererá homenagear
o seu patrão e vestir a sua velha armadura, prolongado
uma realidade que se antevê catastrófica.
Para já, Quixote não pretende voltar a terras
ISELianas – esse caminho já foi demasiado perturbado,
tem pedras no caminho. Mas talvez faça
parte dos seus planos facilitar alguns truques e
parcerias. Afinal, trata-se do seu fiel escudeiro.
Tal como Quadrado não vingou sozinho, o mero
escudeiro pouco carismático também não o irá
conseguir. Para tal, necessita de alguns vassalos,
de preferência da sua cor partidária – da mesma
linhagem dos que ajudaram o seu mestre. Não
foi ao acaso que Quadrado foi eleito : apenas os
seus súbditos da AEISEL poderiam levar a centenas
de votos dos alunos. Os parceiros já tem: o
eterno João Assunção – um companheiro já ferido,
presente no período mais negro da AEISEL, desde
2005 -, Hugo Campos de Carvalho - um vassalo de
Assunção, um pobre de espírito que julga ter sido
rei - e Bernardo Barbosa, um recente aprendiz,
sob a mão simpática dos ilustres mestres da Juventude
Laranja.
Apenas assim o escudeiro terá o seu prometido
governo de uma ilha. Cabe a nós impedir que as
labaredas laranjas, sem escrúpulos e desprovidas
de valores, voltem a cair pelo ISEL. .IB
Sem comentários:
Enviar um comentário