Não nos iludemos: àqueles que verbalizam o seu amor pela Democracia de forma tão emocionada; é de esperar que, ou se trate de um ditador prestes a ser executado, ou seja um parolo em campanha. Bernardo Barbosa, o novo príncipe do antigo regime da AEISEL, teve voz firme na última RGA. Não, não foi por causa da dívida. Não, também não foi por causa do gabinete de emprego da AEISEL, que não funciona, nem sequer pelos preços das folhas de ponto.
O principezinho de Hugo Carvalho, não saiu da sua narrativa: ordem dos trabalhos da AEISEL. Do eventual candidato à direcção da associação de estudantes, não se ouviu um pedido de esclarecimentos à direcção, nem sequer um reparo; só críticas à presidência da Reunião Geral de Alunos, por uma alegada incorrecção na ordem dos trabalhos. Ficamos a saber que Bernardo Barbosa sofre da obsessão de querer que as assembleias gerais corram como planeava que corressem, mas ficamos por aqui.
O seu desinteresse pelos assuntos urgentes da AEISEL, evidenciam o que realmente lhe importa: afinal, tinha todo o seu quorum, que era composto pelo cacic do seu camarada confuso, Hugo Carvalho, e até fazia questão de apoiar o pobre Ricardo Brites. Porventura, podemos aferir que o seu programa eleitoral serão as ordens do ex-presidente da associação de estudantes, que se esqueceu dos seus bons costumes de bolso, quando tentou concessionar espaços por quase uma década. Repito: a pouco mais de um mês de campanha, Bernardo Barbosa não apresenta alternativas, não apresenta opiniões diferentes, não apresenta manifestações de vontade; só o vazio, que é o consentimento da ideologia da sua base eleitoral. Bernardo Barbosa não ama da democracia, abomina-a e usa as emoções como arma retórica, que certamente funciona nas campanhas do PSD e da JSD.
O melhor exemplo disso, foi a sua condescendência perante a violência de Hugo Carvalho, que se gerou na Reunião Geral de Alunos, após a troca de argumentos entre este, e o actual Tesoureiro da AEISEL, João Navarro. Não foi apenas o vocabulário impróprio para o contexto, mas principalmente os traços físicos de quem estava prestes a agredir e teve de ser controlado e levado pelas pessoas por quem se fazia acompanhar.
Esta atitude não mereceu uma única crítica por parte do exemplar moralista Bernardo Barbosa, que defendeu acerrimamente o delinquente que havia acabado de ter de ser levado à força, enquanto entoava insultos e palavras soltas que não reproduzirei aqui, perante uma proposta que impediria Hugo Carvalho de voltar a entrar naquela sessão. De resto, demonstra o desconforto e medo que existe face à possibilidade de a dívida ser auditada e a subserviência do retórico da ordem dos trabalhos.
À parte das birras e gritarias, surge uma esperança para a AEISEL: o afastamento de Ricardo Brites. No início da sessão, João Navarro, quem lidera a facção anti-Brites, proferiu um discurso que transpareceu que as divisões na AEISEL já não são apenas entre o Presidente e o Tesoureiro, tal como havíamos noticiado há meses – É transversal a toda a estrutura. As eleições aproximam-se e a apresentação do relatório e contas será da maior relevância para sabermos mais da associação que nos representa cá dentro, e lá fora; que nos pode ajudar no primeiro estágio; no primeiro emprego; na cultura e no desporto. A afluência e a participação é importante, é urgente que todos tomemos a palavra e decidamos. GF
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