À semelhança de Black Annis - criatura malévola da
mitologia anglo-saxónica -, que ao deparar-se com
crianças, matava-as e usava a sua pele como cinto
e que, como é habitual, era usada como corrector
de mau comportamento das crianças; sentimo-nos
francamente honrados, de ver o nome do jornal que
fundámos no caminho para a mitologia ISELiana. Ora,
consta que após iniciados os procedimentos disciplinares
a figuras distintas do ISEL - retratadas em edições
anteriores -, existe, neste momento, um claro medo de
pronunciar um nome e, pior, de estar (ou parecer estar)
de algum modo relacionado com esse: ISELeaks.
Pois bem, depois de tantas acusações de parcialidade
nos artigos, depois de tantas acusações sobre a
falta de isenção e da existência deste jornal como uma
ferramenta política de uma pessoa, eis que temos a instituição
a funcionar e a valorizar aquilo que tantos, tão
tendenciosamente, desvalorizaram e quiseram que
fosse desvalorizado. Não é uma vitória - vitória é ter as
instituições a funcionarem bem, limpas. A par disto, vemos
uma clara tentativa de afastamento por parte da
direcção, com quem tentámos cooperar sempre que
pudémos. Sim, tentámos. Ao que parece, o Professor
Doutor Helmano Margato, apesar de ser eleito por estudantes,
funcionários e docentes, não recebe alunos
na sua distinta qualidade de Presidente do ISEL. Compreendo:
afinal, um General só dialoga com oficiais
ou superiores.
Mas para felicidade daquelas que nos
detestam - que, entre outros, nos acusavam de nunca
criticarmos a direcção -, há mais: o medo do que
os outros pensam, levou esta direcção a bloquear o
processo de doação de um micro-ondas, que aguarda
há quase 4 meses pela sua concretização. Tudo isto,
porque estaria relacionado com o ISELeaks. Do mesmo
modo, uma entrevista preparada para a direcção,
foi igualmente bloqueada, porque “há demasiadas
pessoas a pensar que a direcção tem alguma coisa a
ver com o vosso jornal”. Onde é que está a coragem,
que levou estes homens e mulheres assumirem cargos
numa instituição arrasada, para enfrentarem aquilo
que os outros dizem ou pensam? Resta saber se o
objectivo é governar para o povo, ou para os barões.
Gostaríamos ainda de de referir, a importância
do contributo que todos podem ter para o Espaço
Partilha. Este movimento carece urgentemente da
ajuda de todos : quer em roupa, quer em alimentos, ou
senhas de refeição. Numa altura em que se apregoa
a melhoria das condições de estudo nas salas de aula,
das cantinas e da importância das manifestações, há
quem não consiga estudar porque precisa de comer.
Há quem não viva de partidarismos e de promessas
pré-eleitorais esquecidas : Há quem não coma para estudar;
e há quem não estude, para comer.
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