Na década de 1920, Ivan Pavlov, apoiado pela União Soviética, formulou a teoria do reflexo condicional. Uma das suas experiências mais conhecidas consistia em tocar uma campainha antes de alimentar os seus cães. Depois de repetir este procedimento várias vezes, verificou que bastava tocar a campainha que os cães salivavam por comida.
Com a AEISEL, o mesmo se verifica. Basta um pequeno estímulo, um fragmento de poder, que começam de imediato a salivar. Tal como o cão de Pavlov, ficam histéricos, tentando obter o seu alimento, da forma mais fácil possível, obcecados, ignorando o que os rodeia. Tal se tem verificado ao longo destes meses de “mandato” descabido de ilegitimidade: É ilegal? Pouco importa! Preocupam-se mais em viver o tacho (que eles tanto criticavam) do que a resolver os verdadeiros problemas.
A carta enviada em meu nome à AEISEL, solicitava uma serie de documentos relevantes relacionados com as contas (públicas) da mesma. Resta-me esperar se terei resposta, ou se será dissolvida na saliva ácida de Briteslov. Ao que parece, tal aconteceu com um e-mail de uma aluna que, como ultimo recurso e num ato de desespero, pediu ajuda à AEISEL para a solução de um problema relacionado com o seu diploma de fim de curso, que o ISEL tem demorado a entregar. Não obteve resposta. Mas afinal, para que serve uma Associação de Estudantes? Para organizar festas medíocres, fazer palhaçadas e perder tempo com minudências ou para ajudar os alunos?
Mais fazemos nós, um órgão não oficial, que procura dar uma verdadeira voz aos estudantes: estamos a dinamizar o Espaço Partilha, temos uma doação pendente (estranhamente, desde Março) de um micro-ondas, abordamos os mais variados assuntos sensíveis que agora, começam a dar frutos.
Para mim, um dos maiores sinais de desdém talvez tenha sido a falta de divulgação crescente: no início, haviam vídeos bonitos a anunciar as RGA, haviam cartazes por todo o lado. Agora, um ou outro cartaz afixado e um e-mailzeco, que quase ninguém lê. Talvez tenham desistido…talvez lhes convenha que poucos saibam. Afinal, uma revisão estatutária é algo importante, dá jeito fazer as coisas como lhes convém. É verdade que estes estatutos ganham em podridão, mas será que ninguém teve a genial ideia de os mudar antes? Convinha a todos, mesmo à antiga direcção que fazia questão de não os cumprir.
Agora é altura em que alguém me diz “Mas eles até fizeram uma semana aberta, para inscrições para a revisão de estatutos.” Sim, é uma excelente ideia. Mas pelo que vi, apenas meia dúzia irá saber disto (talvez um pouco mais, porque fizemos questão de publicar no jornal). E a quem ficará a cargo a seleção de candidatos? À direcção da AEISEL.
Talvez seja eu que esteja enganada; talvez estejam eles a trabalhar arduamente, patrioticamente para uma associação menos pavloviana. Mas cuidado: talvez seja boa ideia colocar o aviso “piso molhado” na entrada da AEISEL.
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