quinta-feira, 7 de maio de 2015

LOBOTOMIA - A Tia Gorda


Estou certa de que para alguns de vocês, o titulo “A Voz dos Estudante” tenha soado familiar. Mas não um familiar bom e nostálgico como quando te lembras dos mimos dos teus avós, mas sim um “familiar” como aquela tia Gorda afastada, interesseira e sacana, uma máquina de falar imparável cujo único objetivo é azucrinar-te e talvez pedir que faças uma série de tarefas – que à partida ela conseguiria fazer. No final, nem uma bolacha te dá.


Sim, a expressão “Voz dos Estudantes” foi ininterruptamente utilizado pelos camaradas da AE e por outros tantos grupos partidários. Mas, ao invés de escolhermos a saída fácil e redutora de nos limitarmos a dizer que somos a voz dos estudantes, optamos por concretizar essa ideia, através desde inquérito. A adesão poderia ter sido maior mas, ainda assim, foi quase o triplo do número de votos que a alegada voz dos estudantes conseguiu chamar para as urnas a seu favor.

Mais curioso ainda foi este inquérito não ter sido bem acolhido por todos: 
Por termos feito o inquérito, fomos acusado de estarmos “mais preocupados em arranjar  pequenas lutas e mau ambiente entre os alunos e comissões coordenadoras, tal como alunos e AE”. Giro, giro, é isto não fazer sentido nenhum. Ao que parece, é preferível não falar com os alunos, não saber o que pensam, ignora-los completamente. Isso trás desconforto, é chato! Porque não deixar as coisas como estão? Se fizerem barulho, mete-se uma festarola qualquer à frente e ficam distraídos, tal como se fazia nos coliseus. Se atormentarem um pouco mais? Atira-se areia para olhos. Anteriormente haviam-nos acusado de vivermos numa bolha, agora ao que parece, estamos demasiado fora dela.

Sei também que, assim que os resultados e os comentários chegarem aos olhos de quem os teme, vão-nos acusar de termos deturpado a realidade. Para além de ser uma realidade que eles nunca se deram ao trabalho de ver, apenas nos limitamos a analisar os dados que nos foram entregues. A maioria foram números, portanto não há que enganar. Sim, nós fomos o único elemento que teve uma média positiva (3.4).  Não é caso para desconfiar, mas sim para sentirem vergonha e porem mãos à obra, pois é absurdo um jornal, que nem é um órgão oficial, ter maior popularidade que a AE (2.0) e que a média das comissões coordenadoras (2.6).É ridículo, portanto melhorem, trabalhem, cumpram o vosso papel.  É ridículo a maioria dos comentários serem maus, muitos em tom de gozo, em particular no que diz respeito às iniciativas de maior interesse para os alunos promovidas pela AE, onde 67% admite não conhecer ou não saber nada sobre o assunto. Não faltaram notas a dizer que esta iniciativa deveria ter sido tomada por vocês, pois demonstra interesse pelos alunos. Será mentira? Pensem melhor.

Quanto à direcção do ISEL, que também teve uma avaliação negativa no que diz respeito ao esforço para chamar novos alunos – o que já era de esperar, dizem as más-línguas que somos comandados por eles. Coitados. Coitados de nós. Coitados dos ressabiados quadradistas, que se sentem ofendidos ao ponto de dizer tais barbaridades. Deve ser um problema de subnutrição que lhes atrofia a massa encefálica. Ou então, é só pura estupidez. Queriam que nos centrássemos no ataque a esta direcção? Bem, estão com azar, pois até agora, tirando um ou outro ponto, não vemos muitos motivos para isso. 
Enfim, entre amores e desamores, motivados pelo dia da Liberdade, este foi o nosso trabalho. É com bom grado que vemos uma avaliação positiva e vamos dar atenção às críticas que nos fizeram. Agora não me cabe a mim saber se os outros órgãos vão fazer o mesmo. Espero que sim. Se optarem por outra via diferente dessa, se escolherem continuar a ser a tia Gorda, uma parasita social que vive de subsídios, só me resta dizer: é a vida, nós cá estaremos. .

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