É fácil fingir que se age, é fácil escrever “Manifestação” num papel, enviar um e-mail a um órgão do ISEL ou marcar uma RGA com o tema "estado do Estado do Ensino Superior". Difícil é agir.
Contudo, as queixas são, geralmente, consensuais: Todos queremos salas com melhores condições, avaliações mais justas, melhores equipamentos, mais salas de estudo e mais apoios sociais. É inquestionável, é um facto. Mas o que fazer? Talvez seja mais produtivo acabar com as carências de frontalidade e falar pessoalmente, com mais modéstia - em vez de mandar um e-mail facilmente ignorável ou ter reuniões que não passam de um aglomerado de exigências, ignorando as necessidades dos seus parceiros (nomeadamente da própria direcção do ISEL), tratando-os como seus opositores e esquecendo que, sem eles, pouco ou nada se faz. Acusam-os de má vontade e de falta de compreensão mas, no entanto, é este “bando de garotos” que a executa. Promover a transparência, através da divulgação de informação e de, por exemplo, publicar as actas das Reuniões Gerais de Alunos num local público (virtual e físico), de modo a alcançar toda a comunidade. Até teríamos gosto em ajudar a divulgar. Fica o recado.
Começamos este semestre com novidades quentes, para os alunos de FRACAS, e com algumas notícias escaldantes para toda a comunidade do ISEL. Foi enviada uma carta pela Comissão Coordenadora de LEIC dirigida à direcção e ao conselho pedagógico, onde era questionado o cumprimento do regulamento de avaliação, nomeadamente o sistema de avaliação de algumas disciplinas - em que um dos métodos de avaliação são fichas eliminatórias - e os prazos de publicações das classificações de exames e testes. Agora, começam a surgir os primeiros sinais, a prova de que as acções levam a mudança.
Explicamos também, através de um longo artigo, alguns destinos do dinheiro que todos nós contribuímos para o ISEL, durante a governação do Professor José Quadrado, assim como a sua aparente teia de influências: tal como na Batalha de Aljubarrota, aplica a ilustre tática do “quadrado”, mas para fins menos nobres.
Para aqueles que dizem que nós não passamos de uns velhos do Restelo que se limitam a falar do passado e a fazer ataques pessoais, desenganem-se. Sim, é importante falar do passado para evitar os erros do futuro; Sim, é importante falar da falta de idoneidade e da responsabilização pessoal, porque, ao que parece, não há escrutínio. Afinal, para quantos apoios sociais dariam os 20.000,00€ gastos em 15 computadores para a antiga direcção? Onde poderiam ser aplicados os 50.000,00€ em tablets? Quem são os responsáveis? Eles andam por aí: uns continuam a exercer o seu poder silencioso, outros talvez voltem.
No final de isto tudo - hoje - não nos resta nada, se não a dignidade de escolhermos ser estudantes que não engolem verdades unilaterais, meias verdades, ou o que quiserem chamar à mentira; Hoje, somos nós que pagamos a fatura de anos de uma gestão à margem de valores éticos, morais e legais aceitáveis. A escolha é nossa: entre ser o fiel pagador da dívida de terceiros; ou o Velho do Restelo. IB
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